miércoles, 17 de agosto de 2016

FORTES TORRES , Antón




IN MENTE
                                           (a Mário)

A lua cheia.
Os jardins de açucenas.Beijos.
Os choupos, o rio, a erva.Desejo.
Aquela pele orvalhada de almíscar...Tinha
adolescentes olhos verde-grises e os beijos tingidos de inocéncia

E foi-se para sempre , além dos mares, quiçá a Apuania,
e em noites de lua como hoje umha labareda acende-se-me dentro
e lembro o corpo nu  de Mário lambido polo vento.


O ANJO DO BICO
I
UM bico de riso.
O branco riso de dente preciso.
Os dentes um pico.
peteiro que bainhas cosipa.
No colo arabesco de rotas
peniscas.
Devagar
meu anjo do bico

II
UM bico de medo.
Amorodo que suga e penetro.
Lava que reborda bábios
e língua que lava.
Assenta.
Purifica
Ausente anjo do bico
os olhos nom abras
respira.


HIENAS

Foge do colégio
de monjas cara a casa
deserta, em  silêncio.

Caminha polo souto e 
escoita o rechouchio
ingel do ninho no sobreiro.

Ergue a mira.Aponta.

Nom falha
a hiena.



De: Sexto Fetiche

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